terça-feira, 30 de março de 2010

Carcinoma Pancreático.

O câncer no pâncreas aparece devido algumas alterações genéticas herdadas ou adquiridas, ligada a alguma fator que estimula os genes associados ao câncer, provavelmente se origina de lesões precursoras (NIPans), desenvolvendo-se por uma acumulação progressiva de mutações características de oncogenes o K-RAS e genes supressores tumorais p16, p53, e SMAD4. Esses genes sofrem alterações moleculares e dão origem a célula tumorais.
Quando o câncer aparece no pâncreas tem duas categorias, os cânceres que se desenvolve na cabeça e os da cauda. Um câncer localizado na cabeça do órgão bloqueia os ductos biliares, geralmente os pacientes apresentam icterícia. A malignidade da localização do tumor freqüentemente produz dor na parte superior da região abdominal, ele estende-se através do espaço retroperitoneal, comprimindo nervos adjacentes e pode sofre metástase acometendo os órgãos vizinhos chegando até as partes mais distantes como os pulmões e ossos.
Os carcinomas pancreáticos permanecem silenciosos até extravasarem o órgão e avançar, a dor é normalmente o primeiro sintoma, às vezes é seguida de icterícia, pancreatite e perda de peso, mal-estar generalizado, fraqueza são sinais da doença avançada.

Fonte: Robbins, Patologia Básica 8ª Ed, Rio de Janeiro; Elsevier, 2008.
Steve Parker, O Livro do Corpo Humano, São Paulo; Ciranda Cultural 2007.

Postado por : Pedro Gustavo e Sabrina Ellen Biomedicina - 221.5

domingo, 28 de março de 2010

Tumor de Frantz

O tumor de Frantz é uma neoplasia sólido-cística do pâncreas que ocorre em mulheres jovens e que apresenta um bom prognóstico. Pouco mais de 300 casos foram relatados na literatura mundial1. O tumor apresenta etiopatogenia desconhecida2, baixo potencial de malignidade e bom prognóstico, mesmo quando os pacientes apresentam invasão local ou metástases. Manifesta-se clinicamente com massa abdominal de crescimento lento, com ou sem dor abdominal. O tratamento é cirúrgico com ressecção do tumor e/ou pancreatectomia. Recorrências locais e metástases podem ocorrer, podendo ser resgatadas com cirurgia e/ ou quimioterapia.


FONTE: Macedo TA, et al Tumor de Frantz: Relato de um Caso Revista Brasileira de Cancerologia 2004; 50(1): 33-35
Postado por : Patrícia/Ticila/Paulo

sábado, 20 de março de 2010

Adenocarcinoma de Pâncreas


O adenocarcinoma do pâncreas é um tumor canceroso que se origina nas células que revestem o ducto pancreático. Aproximadamente 95% dos tumores cancerosos do pâncreas são adenocarcinomas. Esses tumores afetam os homens quase duas vezes mais do que as mulheres e são discretamente mais comuns entre os indivíduos da raça negra que entre os da raça branca. O adenocarcinoma do pâncreas é duas a três vezes mais comum em tabagistas inveterados. Os indivíduos com pancreatite crônica apresentam um maior risco de apresentálo.
Existe uma variabilidade mundial de incidência de câncer de pâncreas. Os dados indicam 9 em cada 100.000 indivíduos nos Estados Unidos, enquanto que, no Brasil, os dados publicados pelo Ministério da Saúde, em 1991, registraram índices de 7.3 homens e de 4.6 mulheres em 100.000 indivíduos, no estado de São Paulo. A doença vem se tornando mais comum nos Estados Unidos com o aumento da expectativa de vida. Raramente, o adenocarcinoma do pâncreas ocorre antes dos cinqüenta anos de idade. A média de idade no momento do diagnóstico é de 55 anos. Pouco se sabe sobre a sua causa.
O adenocarcinoma do pâncreas comumente é assintomático até o tumor tornarse volumoso. Por essa razão, no momento do diagnóstico e em 80% dos casos, o tumor já produziu metástases extrapancreáticas, afetando linfonodos próximos, o fígado ou os pulmões.
Os sintomas iniciais característicos são a dor e a perda de peso. No momento do diagnóstico, 90% dos pacientes apresentam dor abdominal, a qual é geralmente de média intensidade e localizada na região abdominal superior com irradiação para as costas, e uma perda de peso de pelo menos 10% de seu peso ideal.
Cerca de 80% desses cânceres ocorrem na cabeça do pâncreas (a parte mais próxima do duodeno e de ducto biliar comum). Conseqüentemente, a icterícia causada pela obstrução do ducto biliar comum é um sintoma inicial característico. Nos indivíduos com icterícia, a cor amarelo afeta não somente a pele, mas também a esclera dos olhos e outros tecidos. A icterícia é acompanhada por prurido generalizado.
Os tumores do corpo e da cauda do pâncreas (a parte média e a mais distante do duodeno) podem obstruir a veia que drena o baço, resultando em um aumento de volume deste órgão e varizes (veias varicosas dilatadas, tortuosas e edemaciadas) em torno do estômago e do esôfago. No caso de ruptura de veias varicosas, pode ocorrer um sangramento grave, sobretudo quando elas forem esofágicas.
O diagnóstico precoce é difícil. Na suspeita de adenocarcinoma do pâncreas, os procedimentos diagnósticos mais comumente utilizados são a tomografia computadorizada (TC) e pancreatografia retrógrada endoscópica (técnica radiográfica que revela a estrutura do ducto pancreático). Para confirmação do diagnóstico, o médico realiza uma biópsia do pâncreas, coletando uma amostra que é submetida ao exame microscópico.
A amostra de tecido é obtida com a inserção de uma agulha através da pele, a qual é guiada pela tomografia computadorizada ou pela ultrasonografia. Também deve ser realizada uma biópsia do fígado, para verificar se ocorreu disseminação do câncer. Quando o médico tem uma forte suspeita da existência do adenocarcinoma do pâncreas e os resultados dos exames são normais, ele deve realizar a exploração cirúrgica desse órgão.
O prognóstico é muito ruim. Menos de 2% dos indivíduos com adenocarcinoma sobrevivem até cinco anos após o diagnóstico. A única esperança de cura é a cirurgia, a qual é realizada quando não existem metástases do câncer. O cirurgião pode realizar a remoção apenas do pâncreas ou deste órgão e do duodeno. Mesmo com a cirurgia, somente 10% dos indivíduos sobrevivem mais de cinco anos, independentemente do tratamento subseqüente.
A dor leve pode ser aliviada pela aspirina ou pelo acetaminofeno. A dor intensa na região abdominal superior pode ser aliviada com a flexão do tronco para frente, com abaixamento da cabeça e elevação dos joelhos ou através da administração de codeína oral ou de morfina. Para 70% a 80% dos pacientes com dor intensa, o bloqueio de nervos para eliminar a sensação da dor pode prover alívio. A falta de enzimas digestivas pancreáticas pode ser tratada com a administação de preparações orais de enzimas. Se o indivíduo apresentar diabetes, ele pode necessitar de tratamento com insulina.

Fonte: http://www.msd-brazil.com/msd43/m_manual/mm_sec9_104.htm
Postado por: Nara Juliana (Biomedicina 348-6)

Neoplasia papilar sólida cística


O tumor sólido cístico papilar do pâncreas é uma doença rara. Foi observado pela primeira vez em 1927, mais só foi descrito pela primeira vez em 1959.
Esses tumores têm sido designados por vários termos: neoplasia epitelial papilar, neoplasia cística papilar, neoplasia epitelial papilar e sólida, tumor acinar cístico e sólido, neoplasia sólida e papilar, carcinoma cístico papilar, tumor papilar cístico e sólido, carcinoma ou tumor pseudopapilar sólido. Em 1996, foram definitivamente denominados tumores sólido-pseudopapilares do pâncreas por consenso da Organização Mundial de Saúde. Contudo, o termo “tumor papilar sólido-cístico” descreve melhor sua aparência macroscópica – um tumor sólido com áreas císticas e hemorrágicas centrais. Histologicamente, um padrão variado de crescimento sólido, pseudopapilar e cístico é comum.
Os TSCPs são tumores pancreáticos malignos excepcionalmente raros. Representam aproximadamente apenas 5% dos tumores císticos do pâncreas e 1% a 2% dos tumores exócrinos pancreáticos. Contudo, nos últimos anos, estes tumores têm sido identificados com maior freqüência em virtude do maior conhecimento sobre sua existência, da maior disponibilidade de marcadores imunoistoquímicos e de estudos retrospectivos nos quais se encontraram casos não identificados previamente.

Referência: Costa,S. R. P. Tumor papilar sólido-cístico do pâncreas: aspectos clínico-radiológicos e resultados cirúrgicos em cinco pacientes operados.einstein. 2007; 5(2):161-165.

Postado por: Nara Juliana (Biomedicina 348-6)

Neoplasia Cística Mucinosa


A OMS definiu a neoplasia mucinosa intraductal do pâncreas como um tumor caracterizado pela dilatação do ducto pancreático principal e seus ramos secundários, que se encontram revestidos por um epitélio cilindrico, com ou sem formação de progessões papilares, que se associa a produção de mucina.

Esses tumores podem se localizar em qualquer parte do pâncreas, mais são mais frequentes na cabeça.

Dependendo das células que revestem o conducto essa neoplasia pode se dividir em dois tipos: gástrica (quando as células são cilindricas altas, com abundante mucina apical) ou pancreatobiliar (com papilas revestidas de células cubóides com núcleos redondos).

Foi descrita pela primeira vez em 1982 por Ohashi e Cols. Não existe um quadro característico e por isso o diagnóstico é feito com base em estudos imaginológicos do abdomen.

O tratamento em geral é cirúrgico. O prognóstico depende da natureza da lesão,sendo pior nos tumores invasivos,nestes casos a sobrevida é menor.


Referência:Butte,J. Et al. Neoplasia mucinosa intraductal del pancreas. Rev.Méd. Chile,Santiago. v. 136, n4, abril, 2008.

Postado por: Nara Juliana (Biomedicina 348-6)

Neoplasias Císticas do pâncreas


As lesões císticas do pâncreas compreendem os pseudocistos inflamatórios e as neoplasias císticas em 80% a 90% e 10% a 15% dos casos, respectivamente. As neoplasias císticas podem ser subdivididas em dois grupos de tumores: os císticos primários e os com degeneração cística secundária. No primeiro grupo estão as neoplasias epiteliais e incluem o cistadenoma seroso, o cistadenoma mucinoso, a neoplasia intraductal mucinosa papilífera, a neoplasia epitelial pseudopapilar sólida e as neoplasias mesenquimais (linfangiomas e teratomas). Os tumores com degeneração cística secundária incluem as neoplasias exócrinas pancreáticas sólidas (adenocarcinoma ductal) e as endócrinas (tumores das células das ilhotas). Outras lesões císticas do pâncreas incluem o cisto solitário, a policistose pancreática (síndrome de von Hippel-Lindau), a metástase cística e o cisto hidático.

As neoplasias císticas são lesões que, por definição, não se comunicam com o ducto pancreático principal e apresentam revestimento epitelial característico. Estas lesões constituem cerca de 1% de todas as neoplasias pancreáticas e incluem principalmente os cistadenomas mucinosos e os cistadenomas serosos, representando, respectivamente, 45% e 32% das lesões císticas do pâncreas. Embora não seja considerada uma lesão cística propriamente dita, por apresentar imagem semelhante à esta, a neoplasia intraductal mucinosa papilífera é estudada nesta categoria.

Referência:GUARALDI, Simone et al . O papel da ecoendoscopia no diagnóstico das neoplasias císticas primárias do pâncreas. Radiol Bras, São Paulo, v. 38, n. 6, Dec. 2005 .
Postado por: Nara Juliana (Biomedicina 348-6)

terça-feira, 16 de março de 2010

PANCREATITE CRÔNICA CALCIFICADA

É uma patologia que raramente acomete as crianças, no entanto mais frequente nos adultos. Geralmente, as lesões patológicas são similares, não apresentando relação com a etiologia aparente.
Com base nas pesquisas, é bom lembrar que a distribuição dessa patologia é descontínua, com alguns lóbulos pancreáticos mostrando destruição completa enquanto outros aparecem completamente normais.
Dentre as principais informações, podemos afirmar que as lesões ductulares são frequentemente graves, acompanhadas de atrofia epitelial, formação de cicatriz, estreitamento e cistos de retenção. Os ductos contém cilindros de proteínas que calcificam após anos de evolução.
Nos países subdesenvolvidos, principalmente naqueles de clima tropical, temos como a causa mais comum de pancreatite crônica e calcificada a SÍNDROME DE PANCREATITE TROPICAL JUVENIL.

FONTE:www.e-gastroped.com.br

EQUIPE:
MARIA ALCIENE
KADDYJA MARIA
SOCORRO ALINE
TALYTA RÚBIA

FATORES DE RECONHECIMENTO DA PANCREATITE CRÔNICA

A etiologia dessa patologia enfatiza que quando a pancreatite crônica é acometida em crianças, pode-se afirmar que as causas ainda não são esclarecidas, enquanto que em adultos a causa mais conhecida é o álcool.
É importante ressaltar que, os fatores reconhecidos são hereditários, congênitos e ambientais. Assim sendo, existe duas formas que essa patologia se apresenta, que são as calcificadas e as obstrutivas, seguidas de lesões e etiologias diferentes.

FONTE: www.e-gastroped.com.br
EQUIPE:
MARIA ALCIENE
TALYTA RÚBIA
SOCORRO ALINE
KADDYJA MARIA

ORIGEM DA PANCREATITE CRÔNICA

Tanto a pancreatite crônica como a aguda representa destruição gradual ou total do parênquima pancreático, incluindo células acinares e estruturas ductais, bem como as ilhotas endócrinas. Essa destruição seja por necrose ou cicatrização e atrofia, pode levar a um quadro de insuficiência pancreática e ao Diabetes Mellitus.
Em relação as alterações morfológicas observadas , elas podem ser de três tipos: focais, segmentadas ou difusas. Ainda é notório, que as lesões são classificadas como irreversíveis e progressivas, exceto na pancreatite crônica obstrutiva.
Na pancreatite crônica a dor abdominal recorrente e persistente é tida como a principal característica. Assim sendo, pode-se afirmar que o subsequente desenvolvimento de insuficiência pancreática, endócrina ou exócrina, pode acontecer em alguns pacientes.
finalmente, é bom lembrar que antes que ocorra sintomas de insuficiência pancreática é necessário uma diminuição considerável da sua função devido a enorme capacidade de reserva do pâncreas exócrino.

FONTE: www.e-gastroped.com.br
EQUIPE:
MARIA ALCIENE
SOCORRO ALINE
KADDYJA MARIA
TALYTA RÚBIA

segunda-feira, 15 de março de 2010

Câncer de Pâncreas

O pâncreas é uma glândula do aparelho digestivo, é chamado de órgão oculto porque está localizado profundamente no abdome atrás do estômago. Ele produz enzimas, que atuam na digestão dos alimentos, e pela insulina.
O pâncreas possui três partes: a cabeça, o corpo e a cauda. Grande parte dos casos de câncer de pâncreas localiza-se na região da cabeça do órgão.


Fatores de Risco
-O consumo excessivo de gordura, de carnes e de bebidas alcoólicas;
-A exposição a compostos químicos, como solventes e petróleo, durante longo tempo;
-O uso de derivados do tabaco.
Diagnóstico
É realizado através de relatos dos sintomas e de exames de laboratoriais: exame de sangue, fezes e urina. Outros exames podem ser solicitados, como: tomografia computadorizada do abdome; ultra-sonografia abdominal; ressonância nuclear de vias biliares e da região do pâncreas; e também a biópsia do tecido.
Tratamento
A cura do câncer de pâncreas só é possível quando detectado em fase inicial. Nos casos passíveis de cirurgia, o tratamento mais indicado é a ressecção, dependendo do estágio do tumor.





Talyta Rúbia, Alciene, Kaddyja Maria, Socorro Aline

domingo, 14 de março de 2010

PANCREATITES- DIAGNÓSTICO



O diagnóstico de pancreatite crónica baseia-se numa constelação que inclui a história clínica, exames laboratoriais e investigação imagiológica. Deve sempre ser considerado em doentes com dor abdominal inexplicada. Os exames actualmente disponíveis dividem-se em testes de estrutura (CPRE, ecoendoscopia, TAC, ressonância magnética nuclear (RMN), ecografia e radiografia) e de função (teste de estimulação da secretina, elastase fecal, quimotripsina fecal, tripsinogénio sérico, gordura fecal, glicemia). Marcadores séricos, como a amilase e a lípase, encontram-se tipicamente elevados na fase precoce dos episódios de dor embora possam ser inteiramente normais nas fases mais tardias devido à destruição progressiva da glândula. A elastase-1 fecal pancreática (FPE-1) é um marcador não invasivo da função exócrina. Valores acima de 200 µg/g de fezes são considerados normais, entre 100 e 200 correlacionam-se com insuficiência exócrina leve a moderada e níveis inferiores a 100 traduzem insuficiência pancreática exócrina grave. A função pancreática exócrina também pode ser avaliada pela determinação da excreção de gordura fecal diária. Esta determinação inclui 72 horas. Excreção superior a 7 g é diagnóstica de má absorção, valores superiores a 20 correlacionam-se com esteatorreia clínica. Glicemias elevadas em jejum ou valores de hemoglobina glicosilada aumentados são consistentes com diabetes, mais comum nas formas calcificantes. Marcadores de doença auto-imune incluem IgG4, factor reumatóide, anticorpos anti-nucleares, proteína C reactiva e velocidade de sedimentação. Alterações do perfil hepático sugerem envolvimento da via biliar extra-hepática no processo inflamatório. O valor do teste genético em doentes com suspeita de pancreatite crónica hereditária ou idiopática é controverso. Os achados imagiológicos incluem atrofia parenquimatosa, calcificações canaliculares, dilatações canaliculares biliares e pancreáticas, pseudocistos. Complicações vasculares associadas incluem trombose e pseudoaneurismas das veias esplénica e porta. A radiografia abdominal simples pode mostrar calcificações pancreáticas. A avaliação ecográfica do pâncreas é influenciada pela gordura corporal e pela interposição gasosa. A cabeça e o corpo do pâncreas são mais facilmente visualizados enquanto a cauda apenas é observada em 30% dos casos. Os achados na TAC e na RMN aumentaram a acuidade diagnóstica da pancreatite crónica. A colangiopancreaticorressonância tem elevada resolução na avaliação da árvore biliar e pancreática. A ecoendoscopia tem sido cada vez mais utilizada. Os critérios para pancreatite crónica, na ecoendoscopia, incluem alterações parenquimatosas (atrofia, focos hiperecogénicos, cistos) e canaliculares (irregularidades, estenoses, dilatações, paredes hiperecóicas).

POSTADO POR: Maria Albertina Deodato de Brito, em 14 /03/2010 às 19:55

Bibliografia: http://portal.alert-online.com/guia medico/?key

FATORE DE RISCO DA PANCREATITE CRÔNICA



Ao longo das últimas décadas, várias teorias surgiram para tentar explicar a génese e a evolução da pancreatite crónica. Quatro receberam particular atenção: (1) tóxica-metabólica, (2) stress oxidativo, (3) obstrução canalicular e (4) necrose-fibrose. Mais recentemente, a hipótese SAPE (sentinel acute pancreatitis event), introduzida por Whitcomb, foi proposta e integra vários conceitos actuais numa cascata que contribui para a progressão da doença. Os dois principais fundamentos da hipótese SAPE são: (1) a progressão para pancreatite crónica implica um evento inicial que desencadeia a fibrogénese pancreática e (2) a fibrose é controlada por respostas celulares anti-inflamatórias. De acordo com este modelo, a exposição do pâncreas normal ao álcool ou outros factores conduz a respostas tóxicas, metabólicas e oxidativas que induzem a libertação de citocinas e outros mediadores a partir das células acinares. Se um limiar crítico, não definido, é atingido, a pancreatite aguda é desencadeada e resulta numa infiltração local de leucócitos, linfócitos e macrófagos circulantes. A hipótese SAPE é uma explicação atractiva para a progressão da fibrose pancreática e é consistente com elementos das outras diversas hipóteses postuladas. Os principais factores de risco implicados na pancreatite crónica são: o álcool, o tabaco, medicamentos, toxinas, doenças vasculares, isquemia, exposição a radiação, neoplasias e doenças auto-imunes (colangite esclerosante primária, síndrome de Sjögren, cirrose biliar primária, diabetes tipo 1 e sialoadenite). Outras etiologias incluem variantes anatómicas (pâncreas divisum ou anelar), factores metabólicos (hipertrigliceridemia ou hipercalcemia), disfunção do esfíncter de Oddi e traumatismo. A ingestão de álcool encontra-se claramente associada à pancreatite crónica. Constitui o factor de risco mais frequente e é influenciado pela dose e duração do consumo. Embora a ingestão de álcool esteja associada a pancreatite crónica em 60 a 70% dos casos, menos de 3% dos alcoólicos desenvolve doença pancreática. Na última década, verificaram-se inúmeros avanços nas formas hereditária e idiopática de pancreatite, responsáveis por 20 a 30% dos casos. Defeitos genéticos foram identificados, originários nas células acinares (relacionadas com a actividade e a estabilidade enzimática digestiva) e canaliculares (relacionadas com as características das secreções pancreáticas). As principais mutações identificadas envolvem os genes PRSS 1 (protease, serina 1), CTFR (regulador da condutância transmembranar da fibrose cística) e SPINK 1. A deficiência em α-1 antitripsina também é apontada como um possível factor. A pancreatite crónica parece implicar a combinação entre predisposição genética e um estímulo ambiental, estrutural ou tóxico.

POSTADO POR: Maria Albertina Deodato de Brito em 14/03/2010 às 18:30

REFERÊNCIAS:http://portal.alert-online.com/guia medico/?key

SINAIS E SINTOMAS DA PANCREATITE CRÔNICA



O espectro de manifestações clínicas da pancreatite crónica varia consoante o padrão álgico, o grau de comprometimento das funções exócrina e/ou endócrina e a presença de complicações. A dor é o sintoma dominante. Pode ser intermitente ou contínua e de intensidade variável. É tipicamente desencadeada pela estimulação pancreática, particularmente após refeições ricas em gorduras ou proteínas, que pode ocasionar medo de comer, com consequente emagrecimento. A maioria das vezes, a pancreatite crónica manifesta-se por períodos de acalmia intercalados por exacerbações caracterizadas por dor, náuseas e vómitos. Em muitos doentes, a dor é constante, grave e intratável, conduzindo a dependência de opiáceos. A etiologia da dor não é clara. Acredita-se que seja multifactorial, causada pela combinação da inflamação neural, aumento da pressão intracanalicular causado pela obstrução do canal pancreático e alterações sofridas pelo parênquima. Em fases precoces, os sintomas são inespecíficos, com distensão abdominal e alterações dos hábitos intestinais sugestivas de síndrome do intestino irritável. A esteatorreia e o desconforto pós-prandial podem ocorrer dependendo da extensão da destruição glandular, frequentemente associados a anorexia, má absorção e emagrecimento. A diabetes pode surgir devido à destruição progressiva dos ilhéus de Langerhans. A história clínica deve identificar factores de risco predisponentes. Pistas que sugerem predisposição genética são: idade precoce de instalação, história familiar de doença pancreática e fibrose cística. A pancreatite hereditária é caracterizada pelo aparecimento precoce da doença em vários membros duma família na ausência de outros factores de risco discerníveis. Não existe nenhum parâmetro clínico, laboratorial ou radiológico que distinga a forma hereditária das restantes. Geralmente, as manifestações começam na infância, com progressão para pancreatite crónica em metade dos doentes. A pancreatite crónica idiopática inclui um grupo de doentes nos quais, apesar de investigação exaustiva, não se consegue identificar nenhum factor. Tem uma apresentação bimodal com picos precoce (segunda década) e tardio (sexta década). Uma potencial relação com a fibrose cística foi postulada pela partilha de alguns aspectos. Quando o diagnóstico de pancreatite crónica é questionável, devem ser consideradas outras entidades, tais como doença de Crohn, atraso do esvaziamento gástrico, doença disfuncional do intestino e radiculopatia torácica.

POSTADO POR: Maria Albertina Deodato de Brito em 14/03/2010 às 15:36

BIBLIOGRAFIA:http://portal.alert-online.com/guia medico/?key

PANCREATITE CRÔNICA- MORFOLOGIA


A PANCREATITE CRÔNICA CARACTERIZA-SE POR FIBROSE DE DISTRIBUIÇÃO IRREGULAR, NÚMERO E TAMANHO REDUZIDOS DOS ÓCINOS COM RELATIVA PRESERVAÇÃO DAS ILHOTAS DE LANGERHANS E OBSTRUÇÃO VARIÁVEL DOS DUCTOS PANCREÁTICOS DE TODOS OS TAMANHOS. AS LESÕES EXIBEM DISTRIBUIÇÃO LOBULAR MACROSCÓPICAS E PODEM ACOMETER PORÇÕES DO PÂNCREAS OU TODO O ÓRGÃO. EM GERAL, VERIFICA-SE A PRESENÇA DE INFILTRADO INFLAMATÓRIO CRÔNICO AO REDOR DOS LÓBULOS E DUCTOS. OS DUCTOS INTERIOBULARES E INTRALOBULARES ESTÃO DILATADOS E CONTÉM TAMPÕES PROTÉICOS EM SUAS LUZES. O EPITÉLIO DICTAL PODE SOFRER ATROFIA OU HIPERPLASIA, OU PODE EXIBIR METAPLASIA ESCAMOSA, PODENDO-SE VERIFICAR A EXISTÊNCIA DE CANCREÇÕES DUCTAIS. AS ILHOTAS REMANESCENTES FICAM MERGULHADAS NO TECIDO ESCLEROSADO OU NOS LÓBULOS GRAVEMENTE LESADOS E TAMBÉM ACABAM DESAPARECENDO. A NÍVEL MICROSCÓPICO, A GLÂNDULA É DE CONSISTÊNCIA DURA, ALGUMAS VEZES COM DUCTOS EXTREMAMENTE DILATADOS E CONCREÇÕES CALCIFICADAS VISÍVEIS A OLHO NÚ. É COMUM A FORMAÇÃO DE PSEUDOCISTOS.

POSTADO POR: Maria Albertina Deodato de Brito em 14/03/2010 às 15:25

REFERÊNCIAS: Robbins: Patologia estrutural e funcional

quinta-feira, 11 de março de 2010

Pancreatite Aguda


Fatores que às vezes podem causar pancreatite incluem:



  • Trauma abdominal (pancreatite traumática),

  • Cirurgia abdominal,

  • Medicamentos, incluindo certos antibióticos (metronidazol, sulfa e tetraciclina), diuréticos tiazídicos e estrogênio,

  • Altos níveis de cálcio ou triglicérides no sangue,

  • Algumas infecções, como caxumba ou hepatite viral,

  • Procedimentos endoscópicos que envolvem o canal biliar e pancreático,

  • Idiopática (não é encontrada causa).

Os sintomas da pancreatite aguda incluem:



  • Dor abdominal superior que pode ser de tolerável à lancinante, em faixa, na altura do estômago, tanto à direita como à esquerda;

  • Projeção da dor para as costas, tórax, flanco ou para baixo,

  • Piora da dor com a alimentação, principalmente gordurosos,

  • Náuseas e vômitos,

  • Perda do apetite,

  • Distensão abdominal (inchaço),

  • Febre,

  • Falta de ar,

  • Cansaço,

  • Hipotensão e Choque (pressão muito baixa impossibilitando o funcionamento dos órgãos).

quarta-feira, 10 de março de 2010

Pancreatite aguda

A pancreatite é um processo inflamatório da glândula pancreática, decorrente da ação de enzimas inadequadamente ativadas, que se traduz por edema, hemorragia e até necrose pancreática e peripancreática,acompanhado de repercussão sistêmica que vai da hipovolêmica ao comprometimento de múltiplos órgãos e sistemas e, finalmente, ao óbito.

A amilasemia e a lipasemia podem estar elevadas em várias doenças abdominais que cursam com abdome agudo. No entanto, acredita-se que, quando há aumento destas enzimas acima de 3 vezes o limite superior de referência (LSR), associado a quadro clínico característico (dor abdominal, hipersensibilidade, náuseas e vômitos), o diagnóstico de pancreatite aguda (PA) deve ser considerado.

O álcool também pode estar relacionado como uma das causas dessa doença, a exposição crônica ao álcool, ou seja, o uso prolongado de grandes quantidades podem levar a uma pancreatite, e em algumas pesquisas essa é uma das causas mais comum de óbito.

Equipe: Amanda Kelly, Ana Cristina , Sâmia Sousa
Referências bibliográficas:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004-8032003000400007&script=sci_arttext&tlng=es
http://www.saudelazer.com/index.php?Itemid=49&id=5395&option=com_content&task=view

SINAIS E SINTOMAS DA PANCREATITE CRÔNICA

Embora a pancreatite crônica seja muito discutida, é necessário ter em mente que suas principais manifestações são: dor, diarréia e diabetes. No entanto, é necessário lembrar que o paciente apresenta diarréia devido ter dificuldade de digerir e absorver a gordura relacionada aos alimentos. Esta gordura é eliminada pelas vezes tornando-se volumosas. Além dessa característica, possui um odor forte.
Assim sendo, na maioria dos estudos, pode-se ocorrer ainda a instalação do diabetes por conta da diminuição da insulina ou do pâncreas não ter capacidade de produzir esse hormônio.

FONTE:www.drauziovarella.com.br

EQUIPE:

MARIA ALCIENE
SOCORRO ALINE
TALYTA RÚBIA
KADDYJA MARIA

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DA PANCREATITE CRÔNICA

Carcinoma do pâncreas;
Diabetes Melitos;
Má absorção decorrente de outras causas;
Úlcera duodenal que não foi tratada;
Cálculos biliares;
Sindrome do cólon irritável.

Fonte:www.fotosantsedepois.com

EQUIPE:
MARIA ALCIENE
SOCORRO ALINE
TALYTA RÚBIA
KADDYJA MARIA

terça-feira, 9 de março de 2010

Pancreatite Crônica

O modo mais comum de expressar a pancreatite é afirmar que é uma inflamação do pâncreas. Sobre o ponto de vista patológico, temos dois tipos de pancreatite que é a aguda e a crônica.A aguda acontece subtamente com duração de pouco tempo e logo é resolvida.Enquanto que na crônica ocorre a destruição lenta do pâncreas e não se resolve por si mesma.Considera-se, que quando a lesão no pâncreas progride, pode-se desenvolver pancreatite crônica.O surgimento dessa inflamação pancreática ocorre quando as enzimas digestivas atacam e distroem o pâncreas e tecidos vizinhos causando cicatrizes e dor.
O abuso de ingestão de alcool durante muito tempo é o exemplo mais marcante dessa forma crônica. Ainda como causas, podemos mencionar o ataque de pancreatite aguda ducto pancreático danificados e as ceusas hereditárias e idiopáticas.

FONTE:www.copacabanarunners.net

EQUIPE;

MARIA ALCIENE
SOCORRO ALINA
TALYTA RÚBIA
CADDYJA MARIA

Pancreatite Aguda


Pancreatite aguda é uma condição resultante da inflamação aguda do pâncreas.
Esta patologia de inúmeras etiologias, e que se manifesta por dor abdominal e elevação das enzimas pancreáticas sangüíneas e/ou urinária, acontece subitamente, dura um curto período de tempo e geralmente é resolvida. Porém, pode causar , complicações severas como sangramento, danificação de tecido e infecção. Além disso, enzimas e toxinas podem entrar na corrente sangüínea, danificando o coração, pulmões, rins e outros órgãos.
Sob o ponto de vista anatomopatológico, corresponde a um infiltrado inflamatório rico em polimorfonucleares. A pancreatite aguda leve costuma resolver-se clinicamente em 7 dias e histologicamente em 21 dias.
A forma grave ou necrosante corresponde aos 10 a 20% dos casos de pancreatite aguda. É uma doença sistêmica que tem como ponto fundamental a necrose pancreática e a liberação de inúmeras substâncias da cascata inflamatório, como citoquinas, fator de necrose tumoral, fator de ativação plaquetária, elastase do polimorfonuclear neutrófilo. Estas substâncias podem provocar vasodilatação, hemorragia, síndrome de angústia respiratória aguda, insuficiência renal e choque *. A mortalidade nestes casos é de 5 a 30%, sendo mais elevada quando ocorre infecção concomitante.

Postado por: Amanda Kelly, Ana Cristina e Samia Sousa- Biomedicina 221.5
Referencia: http://www.medicinageriatrica.com.br/2007/11/23/saude-geriatria/pancreatite-aguda/

segunda-feira, 8 de março de 2010

Fatores preditivos de coledocolitíase em doentes com pancreatite aguda biliar


A pancreatite aguda ocorre em 6% a 8% dos portadores de colelitíase sintomática, sendo observada em até 20% daqueles com microlitíase. Cerca de 80% a 85% das pancreatites são caracterizadas como doença leve, onde a resolução completa é a regra. Destas, um número expressivo desenvolverá novo episódio de pancreatite aguda, sendo que 50% irão ter novo surto em menos de seis meses. Em conseqüência, preconiza-se a colecistectomia na mesma internação da pancreatite aguda, de preferência por video-laparoscopia. Contudo, cerca de 8% a 15% dos portadores de colecistolitíase também apresentam cálculos no colédoco, sendo a freqüência ainda maior logo após o tratamento da pancreatite aguda.
Uma opção para o diagnóstico e tratamento dos cálculos remanescentes na via biliar principal, após a inflamação aguda do pâncreas, é a colangiografia retrógrada endoscópica (CPRE) com papilotomia, previamente à colecistectomia videolaparoscópica, não sendo, porém, um procedimento inócuo. Além do que, muitos doentes seriam submetidos à papilotomia desnecessária, caso esta fosse indicada para todos aqueles com pancreatite aguda biliar. Portanto, acredita-se que a CPRE pré-operatória deva ser de indicação seletiva e realizada apenas nos doentes com maior probabilidade de apresentar cálculos no colédoco. Vários parâmetros já foram pesquisados como fatores preditivos de coledocolitíase, como a dosagem sérica de bilirrubinas, transaminases, amilasemia, assim como a ultra-sonografia abdominal (US). Especialmente após um episódio de pancreatite aguda, todos estes parâmetros podem estar alterados, mesmo nos doentes anictéricos, dificultando ainda mais a identificação dos candidatos à CPRE pré-operatória.
As enzimas canaliculares por sua vez têm grande sensibilidade porém baixa especificidade. A análise da fosfatase alcalina (FA) e gama glutamiltransferase (gGT) mostra que elas estão associadas à coledocolitíase em situações eletivas.
A realização da colecistectomia nos doentes com pancreatite aguda biliar é de fundamental importância no intuito de prevenir novos surtos, devendo ser realizada de preferência na mesma internação. A videolaparoscopia é a via de eleição para a colecistectomia.

Referência Bibliográfica:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-42302004000400028&script=sci_arttext&tlng=pt

Componentes:
Amanda Kelly, Ana Cristina e Sâmia Sousa.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Pancreatite Aguda

A Pancreatite aguda é uma condição resultante da inflamação aguda do pâncreas. A principal função do pâncreas é produzir enzimas digestivas, insulina e glucagon que regulam os níveis de açúcar de sangue.

Na Pancreatite, as enzimas pancreáticas que normalmente são lançadas nos intestinos delgados para ajudar na digestão são ativadas dentro do próprio pâncreas e começam a danificá-lo. As duas causas mais comuns de pancreatite são os cálculos de vesícula biliar e o etilismo (uso abusivo do álcool). Como o canal pancreático, que leva enzimas digestivas do pâncreas para o intestino delgado é comum ao canal da bile, que vem da vesícula biliar e do fígado, os cálculos biliares que entupirem o canal pancreático impedem que as enzimas cheguem ao intestino, ficando acumuladas dentro do fígado e sendo pois ativadas, corroendo o órgão por dentro. Embora a maioria das pessoas que bebem álcool não desenvolva a pancreatite, beber grandes quantidades de álcool pode ativar a pancreatite.

Outros fatores que às vezes podem causar pancreatite incluem:

-Trauma abdominal (pancreatite traumática),
-Cirurgia abdominal,
-Medicamentos, incluindo certos antibióticos (metronidazol, sulfa e tetraciclina), diuréticos tiazídicos e estrogênio,
-Altos níveis de cálcio ou triglicérides no sangue,
-Algumas infecções, como caxumba ou hepatite viral,
-Procedimentos endoscópicos que envolvem o canal biliar e pancreático,
-Origem idiopática.

Os sintomas da pancreatite aguda incluem:
Dor abdominal superior que pode ser de tolerável à lancinante, em faixa, na altura do estômago, tanto à direita como à esquerda; projeção da dor para as costas, tórax, flanco ou para baixo,piora da dor com a alimentação, principalmente gordurosos; náuseas e vômitos; perda do apetite; distensão abdominal (inchaço); febre; falta de ar; cansaço; hipotensão e choque (pressão muito baixa impossibilitando o funcionamento dos órgãos).

Diagnóstico

A história clínica do paciente irá revelar o uso abusivo do álcool que, quando ausente, principalmente em mulheres, é fortemente sugestivo de calculose da vesícula biliar, confirmada pelo exame de Ultra-sonografia.

Os exames de sangue revelarão níveis elevados das enzimas pancreáticas, amilase e lípase confirmando o diagnóstico de pancreatite.

Em alguns casos de pancreatite a amilase do sangue pode ser normal pois ela sobe rapidamente no início e logo diminui, não significando melhora.

Prevenção

-Evitar o abuso de álcool se a pessoa nunca teve pancreatite;
-Nunca mais beber, se a pessoa já teve algum episódio de pancreatite álcool-induzida;
-Acredita-se que manter um peso normal e evitar a perda de peso rápida possa prevenir o desenvolvimento de cálculos biliares;
-Evitar o uso indiscriminado de antibióticos e de contraceptivos orais a base de estrogênio.

Tratamento

Medidas Gerais:
-Repouso no hospital;
-Jejum para “descansar” o pâncreas;
-Reposição de líquidos por via endovenosa, passagem de uma sonda pelo nariz até o estômago para controlar os vômitos;
Nutrição parenteral (por uma veia grossa) pode ser necessária nos casos mais graves,

Remédios para proteger o estômago de úlceras de stress. Inclui os bloqueadores H2 (Cloridrato de ranitidina) e os Inibidores da bomba de próton (Omeprazol, Pantoprazol, Esomeprazol, etc),

Antibióticos só são indicados nos casos graves e quando a causa é a calculose biliar pela freqüente presença de infecção da vesícula – colecistite.

A Cirurgia é indicada nas seguintes situações:
-Tratamento definitivo dos cálculos de vesícula (colecistectomia);
-Infecção pancreática documentada com abscesso (coleção de pus);
-Necrose (deterioração) extensa do pâncreas;
-Hemorragia importante;
-Choque que não melhora;
-Insuficiência de múltiplos órgãos.

Referência Bibliográfica:

http://www.policlin.com.br/drpoli/006/

Componentes:

Amanda Kelly, Ana Cristina e Sâmia Sousa

quarta-feira, 3 de março de 2010

Diagnóstico precose do cisto de Colédoco


É uma dilatação segmental congênita do sistema biliar ductal sendo uma causa rara de icterícia obstrutiva na infância. A apresentação clássica de dor abdominal e uma massa abdominal é encontrada somente em uma minoria dos pacientes. Exite duas hipóteses para a anomalia a primeira é a incapacidade da canalização da árvore biliar primordial durante desenvolvimento fetal, resultando em obstrução e dilatação do colédoco. E a segunda consiste de uma alteração mural focal, compressão extrínseca ou dobra anatômica do colédoco,provocando drenagem anormal de enzimas e o aparecimento de cisto.

DIAGNÓSTICO

ECO pré-natal: diagnóstico com 20 semanas (IG)
US: mostra cisto coledociano e canais intra-hepático dilatados
DISIDA-Tc: anatomia e funcionamento da árvore biliar

NOVIDADE

Endoscopia dos cistos intra-operatório (cistoscópio pediátrico ou endoscopio delgado de fibra óptica) – permite examinar os canais intra-hepático proximais, identificando os pontos de estenose e a presença de restos celulares.

Síndrome de Shwachman-Diamond


É um raro defeito autossômico recessivo caracterizado por disfunção exócrina do pâncreas, falha da medula óssea e anormalidades esqueléticas. Também é conhecida como “síndrome de Shwachman-Bodian” e “lipomatose congênita do pâncreas”.

Todos os pacientes com a síndrome de Shwachman-Diamond têm vários graus de insuficiência pancreática, o que está ligado ao pobre desenvolvimento das células acinares no útero. As células acinares são repostas por gordura, embora a arquitetura ductular permaneça intacta, em contraste com a fibrose cística. Pacientes geralmente apresentam esteatorréia e déficit de desenvolvimento, requerendo suplementação de enzimas pancreáticas.

A neutropenia é a manifestação mais comum de falha de medula óssea nos pacientes com a síndrome de Shwachman-Diamond, e é encontrada em 88% a 100% dos pacientes. A maioria dos pacientes com a síndrome de Shwachman-Diamond sofre de neutropenia, por isso eles são susceptíveis a infecções bacterianas recorrentes, particularmente aquelas do trato respiratório superior, orofaringe e pele. Os pacientes com a síndrome de Shwachman-Diamond não apenas têm contagem diminuta de neutrófilos como também tem quimiotaxia neutrofílica defeituosa, aumentando a predisposição à infecção. Os pacientes também podem ter graus variáveis de anemia ou trombocitopenia, têm anormalidades esqueléticas. Estas comumente incluem disostose metafisária, a qual geralmente envolve a cabeça do fêmur. Costelas anormalmente encurtadas com terminação anterior engrossada, aumento costocondral e estreitamento do gradil costal também foram descritos.


DIAGNÓSTICO

O estudo do diagnóstico de um paciente em que se suspeita da síndrome de Shwachman-Diamond deve incluir hemograma completo, que pode sugerir disfunção da medula óssea. A medição de fezes de 72 horas com medição concorrente de ingestão de gordura para calcular o clearance de gordura podem mostrar um aumento das perdas fecais de gordura, e um diminuído nível de elastase pode sugerir insuficiência exócrina do pâncreas da síndrome de Shwachman-Diamond. O teste de cloreto no suor também é normal na síndrome de Shwachman-Diamond