A pancreatite aguda ocorre em 6% a 8% dos portadores de colelitíase sintomática, sendo observada em até 20% daqueles com microlitíase. Cerca de 80% a 85% das pancreatites são caracterizadas como doença leve, onde a resolução completa é a regra. Destas, um número expressivo desenvolverá novo episódio de pancreatite aguda, sendo que 50% irão ter novo surto em menos de seis meses. Em conseqüência, preconiza-se a colecistectomia na mesma internação da pancreatite aguda, de preferência por video-laparoscopia. Contudo, cerca de 8% a 15% dos portadores de colecistolitíase também apresentam cálculos no colédoco, sendo a freqüência ainda maior logo após o tratamento da pancreatite aguda.
Uma opção para o diagnóstico e tratamento dos cálculos remanescentes na via biliar principal, após a inflamação aguda do pâncreas, é a colangiografia retrógrada endoscópica (CPRE) com papilotomia, previamente à colecistectomia videolaparoscópica, não sendo, porém, um procedimento inócuo. Além do que, muitos doentes seriam submetidos à papilotomia desnecessária, caso esta fosse indicada para todos aqueles com pancreatite aguda biliar. Portanto, acredita-se que a CPRE pré-operatória deva ser de indicação seletiva e realizada apenas nos doentes com maior probabilidade de apresentar cálculos no colédoco. Vários parâmetros já foram pesquisados como fatores preditivos de coledocolitíase, como a dosagem sérica de bilirrubinas, transaminases, amilasemia, assim como a ultra-sonografia abdominal (US). Especialmente após um episódio de pancreatite aguda, todos estes parâmetros podem estar alterados, mesmo nos doentes anictéricos, dificultando ainda mais a identificação dos candidatos à CPRE pré-operatória.
As enzimas canaliculares por sua vez têm grande sensibilidade porém baixa especificidade. A análise da fosfatase alcalina (FA) e gama glutamiltransferase (gGT) mostra que elas estão associadas à coledocolitíase em situações eletivas.
A realização da colecistectomia nos doentes com pancreatite aguda biliar é de fundamental importância no intuito de prevenir novos surtos, devendo ser realizada de preferência na mesma internação. A videolaparoscopia é a via de eleição para a colecistectomia.
Referência Bibliográfica:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-42302004000400028&script=sci_arttext&tlng=pt
Uma opção para o diagnóstico e tratamento dos cálculos remanescentes na via biliar principal, após a inflamação aguda do pâncreas, é a colangiografia retrógrada endoscópica (CPRE) com papilotomia, previamente à colecistectomia videolaparoscópica, não sendo, porém, um procedimento inócuo. Além do que, muitos doentes seriam submetidos à papilotomia desnecessária, caso esta fosse indicada para todos aqueles com pancreatite aguda biliar. Portanto, acredita-se que a CPRE pré-operatória deva ser de indicação seletiva e realizada apenas nos doentes com maior probabilidade de apresentar cálculos no colédoco. Vários parâmetros já foram pesquisados como fatores preditivos de coledocolitíase, como a dosagem sérica de bilirrubinas, transaminases, amilasemia, assim como a ultra-sonografia abdominal (US). Especialmente após um episódio de pancreatite aguda, todos estes parâmetros podem estar alterados, mesmo nos doentes anictéricos, dificultando ainda mais a identificação dos candidatos à CPRE pré-operatória.
As enzimas canaliculares por sua vez têm grande sensibilidade porém baixa especificidade. A análise da fosfatase alcalina (FA) e gama glutamiltransferase (gGT) mostra que elas estão associadas à coledocolitíase em situações eletivas.
A realização da colecistectomia nos doentes com pancreatite aguda biliar é de fundamental importância no intuito de prevenir novos surtos, devendo ser realizada de preferência na mesma internação. A videolaparoscopia é a via de eleição para a colecistectomia.
Referência Bibliográfica:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-42302004000400028&script=sci_arttext&tlng=pt
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