Na Pancreatite, as enzimas pancreáticas que normalmente são lançadas nos intestinos delgados para ajudar na digestão são ativadas dentro do próprio pâncreas e começam a danificá-lo. As duas causas mais comuns de pancreatite são os cálculos de vesícula biliar e o etilismo (uso abusivo do álcool). Como o canal pancreático, que leva enzimas digestivas do pâncreas para o intestino delgado é comum ao canal da bile, que vem da vesícula biliar e do fígado, os cálculos biliares que entupirem o canal pancreático impedem que as enzimas cheguem ao intestino, ficando acumuladas dentro do fígado e sendo pois ativadas, corroendo o órgão por dentro. Embora a maioria das pessoas que bebem álcool não desenvolva a pancreatite, beber grandes quantidades de álcool pode ativar a pancreatite.
Outros fatores que às vezes podem causar pancreatite incluem:
-Trauma abdominal (pancreatite traumática),
-Cirurgia abdominal,
-Medicamentos, incluindo certos antibióticos (metronidazol, sulfa e tetraciclina), diuréticos tiazídicos e estrogênio,
-Altos níveis de cálcio ou triglicérides no sangue,
-Algumas infecções, como caxumba ou hepatite viral,
-Procedimentos endoscópicos que envolvem o canal biliar e pancreático,
-Origem idiopática.
Os sintomas da pancreatite aguda incluem:
Dor abdominal superior que pode ser de tolerável à lancinante, em faixa, na altura do estômago, tanto à direita como à esquerda; projeção da dor para as costas, tórax, flanco ou para baixo,piora da dor com a alimentação, principalmente gordurosos; náuseas e vômitos; perda do apetite; distensão abdominal (inchaço); febre; falta de ar; cansaço; hipotensão e choque (pressão muito baixa impossibilitando o funcionamento dos órgãos).
Diagnóstico
A história clínica do paciente irá revelar o uso abusivo do álcool que, quando ausente, principalmente em mulheres, é fortemente sugestivo de calculose da vesícula biliar, confirmada pelo exame de Ultra-sonografia.
Os exames de sangue revelarão níveis elevados das enzimas pancreáticas, amilase e lípase confirmando o diagnóstico de pancreatite.
Em alguns casos de pancreatite a amilase do sangue pode ser normal pois ela sobe rapidamente no início e logo diminui, não significando melhora.
Prevenção
-Evitar o abuso de álcool se a pessoa nunca teve pancreatite;
-Nunca mais beber, se a pessoa já teve algum episódio de pancreatite álcool-induzida;
-Acredita-se que manter um peso normal e evitar a perda de peso rápida possa prevenir o desenvolvimento de cálculos biliares;
-Evitar o uso indiscriminado de antibióticos e de contraceptivos orais a base de estrogênio.
Tratamento
Medidas Gerais:
-Repouso no hospital;
-Jejum para “descansar” o pâncreas;
-Reposição de líquidos por via endovenosa, passagem de uma sonda pelo nariz até o estômago para controlar os vômitos;
Nutrição parenteral (por uma veia grossa) pode ser necessária nos casos mais graves,
Remédios para proteger o estômago de úlceras de stress. Inclui os bloqueadores H2 (Cloridrato de ranitidina) e os Inibidores da bomba de próton (Omeprazol, Pantoprazol, Esomeprazol, etc),
Antibióticos só são indicados nos casos graves e quando a causa é a calculose biliar pela freqüente presença de infecção da vesícula – colecistite.
A Cirurgia é indicada nas seguintes situações:
-Tratamento definitivo dos cálculos de vesícula (colecistectomia);
-Infecção pancreática documentada com abscesso (coleção de pus);
-Necrose (deterioração) extensa do pâncreas;
-Hemorragia importante;
-Choque que não melhora;
-Insuficiência de múltiplos órgãos.
Referência Bibliográfica:
http://www.policlin.com.br/drpoli/006/
Componentes:
Amanda Kelly, Ana Cristina e Sâmia Sousa
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