quinta-feira, 4 de março de 2010

Pancreatite Aguda

A Pancreatite aguda é uma condição resultante da inflamação aguda do pâncreas. A principal função do pâncreas é produzir enzimas digestivas, insulina e glucagon que regulam os níveis de açúcar de sangue.

Na Pancreatite, as enzimas pancreáticas que normalmente são lançadas nos intestinos delgados para ajudar na digestão são ativadas dentro do próprio pâncreas e começam a danificá-lo. As duas causas mais comuns de pancreatite são os cálculos de vesícula biliar e o etilismo (uso abusivo do álcool). Como o canal pancreático, que leva enzimas digestivas do pâncreas para o intestino delgado é comum ao canal da bile, que vem da vesícula biliar e do fígado, os cálculos biliares que entupirem o canal pancreático impedem que as enzimas cheguem ao intestino, ficando acumuladas dentro do fígado e sendo pois ativadas, corroendo o órgão por dentro. Embora a maioria das pessoas que bebem álcool não desenvolva a pancreatite, beber grandes quantidades de álcool pode ativar a pancreatite.

Outros fatores que às vezes podem causar pancreatite incluem:

-Trauma abdominal (pancreatite traumática),
-Cirurgia abdominal,
-Medicamentos, incluindo certos antibióticos (metronidazol, sulfa e tetraciclina), diuréticos tiazídicos e estrogênio,
-Altos níveis de cálcio ou triglicérides no sangue,
-Algumas infecções, como caxumba ou hepatite viral,
-Procedimentos endoscópicos que envolvem o canal biliar e pancreático,
-Origem idiopática.

Os sintomas da pancreatite aguda incluem:
Dor abdominal superior que pode ser de tolerável à lancinante, em faixa, na altura do estômago, tanto à direita como à esquerda; projeção da dor para as costas, tórax, flanco ou para baixo,piora da dor com a alimentação, principalmente gordurosos; náuseas e vômitos; perda do apetite; distensão abdominal (inchaço); febre; falta de ar; cansaço; hipotensão e choque (pressão muito baixa impossibilitando o funcionamento dos órgãos).

Diagnóstico

A história clínica do paciente irá revelar o uso abusivo do álcool que, quando ausente, principalmente em mulheres, é fortemente sugestivo de calculose da vesícula biliar, confirmada pelo exame de Ultra-sonografia.

Os exames de sangue revelarão níveis elevados das enzimas pancreáticas, amilase e lípase confirmando o diagnóstico de pancreatite.

Em alguns casos de pancreatite a amilase do sangue pode ser normal pois ela sobe rapidamente no início e logo diminui, não significando melhora.

Prevenção

-Evitar o abuso de álcool se a pessoa nunca teve pancreatite;
-Nunca mais beber, se a pessoa já teve algum episódio de pancreatite álcool-induzida;
-Acredita-se que manter um peso normal e evitar a perda de peso rápida possa prevenir o desenvolvimento de cálculos biliares;
-Evitar o uso indiscriminado de antibióticos e de contraceptivos orais a base de estrogênio.

Tratamento

Medidas Gerais:
-Repouso no hospital;
-Jejum para “descansar” o pâncreas;
-Reposição de líquidos por via endovenosa, passagem de uma sonda pelo nariz até o estômago para controlar os vômitos;
Nutrição parenteral (por uma veia grossa) pode ser necessária nos casos mais graves,

Remédios para proteger o estômago de úlceras de stress. Inclui os bloqueadores H2 (Cloridrato de ranitidina) e os Inibidores da bomba de próton (Omeprazol, Pantoprazol, Esomeprazol, etc),

Antibióticos só são indicados nos casos graves e quando a causa é a calculose biliar pela freqüente presença de infecção da vesícula – colecistite.

A Cirurgia é indicada nas seguintes situações:
-Tratamento definitivo dos cálculos de vesícula (colecistectomia);
-Infecção pancreática documentada com abscesso (coleção de pus);
-Necrose (deterioração) extensa do pâncreas;
-Hemorragia importante;
-Choque que não melhora;
-Insuficiência de múltiplos órgãos.

Referência Bibliográfica:

http://www.policlin.com.br/drpoli/006/

Componentes:

Amanda Kelly, Ana Cristina e Sâmia Sousa

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